sábado, 16 de fevereiro de 2019

Criacionismo vs Evolucionismo


Muitos pensam que há uma briga entre religião e ciência, quando na verdade a briga é entre indivíduo e fé. A evolução realmente existe, e ela é inata a todos, como vários textos sacros admitem. Se não fosse assim, nós mesmos ficaríamos impedidos de nos transformarmos, de renascermos, de voltarmos a trilhar o caminho do bem, mesmo depois de uma queda. A redenção faz parte de um processo evolutivo do ser. Assim, o criacionismo não anula o evolucionismo, na verdade ele o justifica. Assim como o evolucionismo (de Darwin, se preferir) trata da transformação, evolução de algo existente, sem tratar necessariamente de sua origem. Em sua obra máxima "origem das espécies" ele não diz de como a "vida" surgiu, mas sim, tenta desvendar a origem de determinada espécie em determinado momento na cadeia evolutiva, ou seja, de quando aquela espécie se tornou o que é. No meu ponto de vista, a ciência assim como a filosofia tenta explicar de forma natural o que na verdade transcende o conhecimento racional. Um cientista de Nova York, que aliás era presidente da associação de cientista daquele estado, escreveu um livro chamado: "7 teses de porque acreditamos em Deus". E assim como ele, haviam Einstein, Tesla, Newton e Galileu, que tinham convicção do divino. Nós não devemos nos fechar para nenhum conhecimento, todos são retalhos de uma verdade maior. Mas com discernimento para não se perder nesse labirinto.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Aquele que não sabe (ágnōstos)

É comum vermos pessoas incrédulas, insensíveis de espírito. Pessoas que há muito tempo, ou sempre, estão imersas no mundo material de tal forma que não enxergam outras paisagens. Estas costumam dizer:" Eu acredito na ciência" - Porém, não tem muito conhecimento nesta área também, pois saberia que os cientistas acreditam numa inteligência superior que arquitetou a existência (Newton e Einstein entre eles). Ateus repetem com peito cheio: "Darwin que está certo" - Sem saber que este, em sua Origens das Espécies nunca disse como tudo se originou, apenas como o que já (pré)existia evoluiu, de forma seleta, se adaptando. A ciência, embora desconfiada, não é incrédula. Hoje é conhecido todos os elementos que compõe o corpo humano, do carbono ao cálcio, do ferro ao colágeno. Mas o que torna essa massa alquímica viva? Como pode um aglomerado de elementos químicos (encontrados todos, vejam só, também na argila) ser também consciente? A vida é uma das coisas que a ciência não pode explicar. Quando os cientistas dizem que o universo foi criado do "acaso" eles também não erram, são os céticos que interpretam errado. Acaso é tudo aquilo que não segue um padrão (entropia), logo não pode ser medido, qualificado nem quantificado (por isso entropia = caos) a ciência precisa de padrão, repetição e, acima de tudo, eventos para análise. Ou, como foi o caso de atuação de Einstein, serão consideradas teorias (mesmo estas através de análise de eventos "prováveis"). A fé dispensa isso. Ela nos mostra a verdade, sem precisar de provas, e nos liberta da ignorância bidimensional (e tridimensional). O homem nomeou os 5 sentidos e deles ficou refém. O mundo se limitou ao que percebemos sensorialmente. Poucos enxergam um mundo intelectual (de realidades entrelaçadas, com buracos de minhoca e e filamento de cordas quânticas) e menos ainda saboreiam o mundo espiritual, que imerso em si mesmo vislumbra o mundo e conecta-se com este se tornando um com o cosmo. Pois o mundo é inerente a Deus, e a constatação deste óbvio nos torna capazes de sentir sua transcendência. O ateu (a = sem; Teu = Deus) não será capaz de quebrar esta barreira ao metafísico pois precisa de grande esforço e abertura ao novo, ao desconhecido. Os antigos (cristão primitivos) chamavam o conhecimento espiritual de Gnosis (conhecimento), uma mistura do místico, sincretismo religioso e especulação filosófica. Por isso muitos ateus se dizem Agnósticos (A = sem; Gnosis = conhecimento) e percebo que nenhum outro nome definiria melhor o ignorante (que em grego é ágnōstos = ignorante, aquele que não sabe). Assim, termino com uma frase de um sábio, chamado Bruce Lee:
"Aquele que não sabe, mas pensa que sabe, é um tolo. Evite-o"

sábado, 25 de agosto de 2018

Vê se em minha conduta algo te ofende e dirige-me pelo caminho eterno (Salmo 139:24)


Como disse uma vez o Cristo: Aquele que pensou, já o fez! Somos responsáveis por nossas ações e por nossos pensamentos. O que pensamos é potencialmente ação, mesmo que ainda não praticada. Mas o Pai é paciente e nos deu um caminho, uma trilha para seguirmos. Esta trilha, chamada por David de Caminho Eterno também é velho conhecido nosso, afinal, quem disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida! Ninguém vem ao Pai senão por mim”? E, assim como o rei David, homem de grande estima para Deus, também ofendemos os princípios cristãos e o próprio Deus, eventualmente, em nossas condutas. Mas Cristo nos guia de volta, nos resgata para o Pai. Todos nós em algum momento de nossa via, somos o filho pródigo e assim como ele, não podemos nos esquecer daquele que nos deu mais que o necessário (e não me refiro a nada material, mas sim nossos valores, conduta e fé). Nosso Pai é misericordioso, e nossa convicção de trilhar o caminho eterno só aumenta. Logo, ao pensarmos no vale de sombras em que vivíamos, não mais nos conheceremos naquilo que fomos. Perceberemos que somos seres novos, renascidos e que o antigo não faz mais parte de nós. Afinal, não se coloca remendo novo em pano velho. Somos novos por completo.
O caminho eterno é o caminho que nos torna fonte, assim como Cristo temos dever de auxiliar o próximo. É trilhando o caminho eterno que nos tornamos aquele homem de Samaria que não vira às costas ao necessitado. Por vezes seremos nós a necessitar de apoio e o que precisamos não são de atiradores de pedras, mas sim quem venha em nosso auxílio, nos protegendo e mostrando o caminho mais seguro a ser seguido. Sejamos assim também. Vamos olhar mais ao redor e ser o auxílio de quem precisa. Esse é o caminho eterno que nos fala o próprio David assim que percebeu que sua conduta, ao desprezar homens que odeiam a Deus (supostamente ateus) não condizia com o caminho eterno. Que nos ensina a sermos tolerantes e pacientes no trato com o próximo. “Ame os seus inimigos”, dizia Cristo. Ora, ele quis dizer, na verdade, não tenha inimigos. Somos todos iguais diante do Pai.
Céu ou Inferno, o caminho eterno ou o vale de sombras, recompensa e punição não são imposições de Deus, mas sim caminhos que trilhamos. Deus é nosso norte, Cristo nosso caminho - o Caminho Eterno. Então façamos uma avaliação de nossa conduta e vejamos se ela está de acordo com o legado de Cristo (não de Moisés, Abrão ou David, mas sim de Cristo).


"Este é meu mandamento: Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amo" (João 15:12)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Nirvana

Quando nascemos fomos presenteados com o maior dom que Deus criou: o livre arbítrio. O poder de tomar decisão, de escolher o caminho e destino que quisermos. E são nesses "mil destinos" possíveis que nos emaranhamos, como no labirinto do Minotauro, onde a nossa maior realização material é também nossa prisão. Quanto mais nos aprofundamos nesses destinos, nas bifurcações da vida, no mundo sensorial, vivemos algo que os antigos chamam de Samsara (perambulação), o interminável ciclo de nascimento e morte que estamos sujeitos enquanto perambulamos à esmo por este mundo. Presa neste ciclo, a alma vai se condensando cada vez mais, se embrutecendo, ficando rígida, aprisionando e sufocando sua Luz natural. Nascimento e morte são metáforas para gozo e sofrimento, como uma droga viciante que torna dependente seu usuário, uma prisão que concede um intervalo de satisfação num oceano de angústia. O único caminho que nos liberta do labirinto é o Céu. É nas alturas que nossa alma voa livre, assim como Dédalo e seu filho Ícaro. Mas mesmo libertos não podemos deixar de vigiar, de sermos prudentes, pois assim como os Anjos e Ícaros, estamos sujeitos à queda. No conto grego, Dédalo personifica a experiência, que alcança o Céu e pisa seguro na terra (sobre o Mundo). No processo ele abre mão de muitas coisas que lhe são importantes. A perda de seu filho aconteceu durante sua salvação, ao mesmo tempo que foi o preço pago por suas ações: a construção do labirinto que o encerrou.
A luta com o Mundo nunca é fácil, principalmente quando nos perdemos nos diversos caminhos que a lugar nenhum nos leva. Dor, sofrimento, angústia e algum gozo para nos ludibriar e não enxergarmos que o verdadeiro caminho a ser trilhado é o retorno naquele que nos trouxe até aqui, um caminho vertical que aponta exclusivamente para Deus. Retornar ao Pai é uma jornada constante, repleta de renúncias e abstinências, mas nunca de sofrimento. O caminho correto é a senda da Paz Interior, que cumina no zênite da Plenitude. Estar com Deus é estar em paz por completo, é sentir Deus em cada átomo da criação. É amar em abundância, ou como diria Camões: "É nunca contentar-se de contente". É este estado de espírito que chamamos de Nirvana.

"Deem a Cesar o que pertence a Cesar, e deem a Deus o que pertence a Deus"

Estas palavras de Jesus, o Cristo, contém o mesmo teor de outra máxima: "Tu és pó, e ao pó da terra retornará" (Gênesis 3:19). Nada temos que, realmente, seja nosso. Viemos a este mundo nus, sem vestes e descalços. Até mesmo nossa vida é sopro do Pai. Todos os bens que ajuntamos, ouro ou prata, enferrujam, se desgastam, perdem valor. É matéria que um dia a Terra reclamará, e o mesmo acontecerá com nossa carne. Já o nosso espírito é imortal, porque é Deus, que em nós habita. E o que é Dele deve ser preservado, como algo que tomamos emprestado e deve ser devolvido intacto - "o pó retorne à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o conscedeu" (Eclesiastes 12:7).
Sidarta Gautama e Salomão nos ensinam a mesma coisa: viver para juntar tesouros não nos torna melhor, só aumentam nosso sofrimento. Desde épocas remotas o homem se preocupa em ganhar, gastar e ganhar de novo. Usamos nossos semelhantes e até mesmo nossa "fé" como ponte para gozar de uma vida material. Usamos de nossos princípios "cristãos" quando jejuamos e não oferecemos a refeição, que acabamos de recusar, para o próximo que há dias não come. Hoje (e ontem) reclamamos dos preços, dos salários e do trabalho. O que dizer dos impostos? É certo pagarmos impostos tão alto? A resposta é: Não importa! O tempo é curto demais para nos preocuparmos com as coisas que pertencem a Cesar. Esse é o preço por se viver numa sociedade materialista, então pague-o. Hoje reclame-se do imposto, amanhã da gasolina, mês que vem do salário e sempre reclamaremos de tudo, de qualquer coisa, e nada disso importa (a não ser que atuemos de forma efetiva no cerne da solução desses problemas e não apenas vociferar insatisfação). Porque tudo isso, assim como nossa carne, é pó e passará. Porém as coisas de Deus, essas sim, merecem atenção o quanto antes. Nós somos embaixadores de Cristo e devemos fazer as obras do Pai. Temos sido trabalhadores inúteis, ajuntando aquilo que o vento se encarregará de espalhar. Devemos libertar nosso Espírito das coisas mundanas que interrompem a Luz de chegar até ele. O mal fortalece nossos desejos contaminando nossa alma. Estamos nesta vida de passagem. Existe uma outra que é eterna e verdadeira. Procure sempre o bem do próximo, pois esta é a obra que Cristo nos delegou: sermos servos da humanidade. Estar sempre disponível para quem precisa de nós. Amar ao próximo como a nós mesmos. Assim devolvemos a Deus o que a Ele pertence: Nossa vida!
Namaste!

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

POR QUE CAÍMOS?

Cair, muitas vezes faz parte da jornada, do aprendizado e assim sendo, da vida.
A queda nos lembra que não somos perfeitos, que ainda estamos sujeito a erros e suscetíveis à influências externas a nós. Ao nos levantarmos várias lições poderiam nos nortear a partir dali: a superação, o fortalecimento, a experiência, a sensação de estar de pé (novamente) e continuar a jornada.
algumas quedas, nos fazem rir de nós mesmos, outras nos desconsertam a tal ponto que nos vemos chorando antes de nos levantar. Mas sempre nos erguemos, mesmo que seja com a ajuda de alguém, que surge para nos oferecer a mão. Se levantar não é só seguir adiante. É aprender com os erros, perceber as nossas falhas, superar obstáculos e evoluir para algo melhor, mais forte. A experiência nos transforma e nos motiva nunca a regredir. Por isso nunca se esqueçam das suas quedas, dos tombos que levamos até aqui. O caminhão nunca foi fácil, exceto para aqueles que desistem e que voltam para trás. Estes não resistem ao novo, preferem a volta num caminho conhecido do que a surpresa do destino inesperado. Somo filhos do Eterno, por isso sempre digam: Desistir, nunca; Render-se jamais!
Lembrem-se, caímos para nos levantar, mais fortes e confiantes, certos da lição aprendida.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

"E eu senti sua voz tirar a espada da minha mão"

Quem não ouviu falar de Benhur? Ele foi um nobre da antiga Jerusalém, que após ser acusado de tentativa de assassinato, foi preso e transformado em escravo, mas depois de tanto sofrimento recebe uma dádiva de Cristo. Na verdade esse herói só viveu na ficção, e foi ele quem fez a declaração do título ("E eu senti sua voz tirar a espada da minha mão) logo depois de ver sua irmã ser curada da lepra pela fé que este tinha em Jesus.
Às vezes, a busca por "justiça" nos deixa tão cegos quanto a deusa de vendas nos olhos. A justiça paga na mesma moeda do mal praticado também é mal disfarçado. Não existe vingança justa. Isso é fazer com que o mal continue, se propague, num ciclo, se fortalecendo cada vez mais. Deus é quem sabe todas as coisas e o julgamento deve ser somente dele. E que apesar de estarmos sujeitos aos males do mundo, a força para vencermos vem de algo maior. Essa força nos convoca ao ser maior, nosso Eterno Pai, onde poderemos enfim descansar depois da jornada e do combate. Ira, vingança e o próprio sofrimento deixam de ser foco, quando nos encontramos com Cristo. Foi assim com Benhur. Mesmo Jesus estando em uma cruz, a jornada do homem sedento por vingança não foi em vão. Ele recebeu sua recompensa. E não me refiro apenas a cura de sua irmã, mas a paz de espírito que há muito lhe foi tirada. A voz de Cristo lhe desarmou, pois sua vingança não mais importava. Ele havia encontrado a Paz.
Por isso, meus irmão, devemos abrir bem nossos ouvidos: porque Cristo fala conosco. Ouça-o e abandone sua espada. Contemple-o e abra os punhos cerrados. Aos nossos acusadores devemos oferecer nosso perdão. Cristo é nosso Senhor e conhece nosso coração.


Mateus 18:21,22
Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?
Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.